Calazar em humanos: sintomas, tratamento e prevenção da leishmaniose

Fortaleza, 23 de setembro de 2025 – A leishmaniose visceral, popularmente conhecida como calazar, é uma doença infecciosa grave que pode atingir tanto humanos quanto cães. Causada por protozoários do gênero Leishmania, ela é transmitida exclusivamente pela picada da fêmea do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). Sem tratamento, a doença pode ser fatal, o que torna essencial a atenção aos sintomas e medidas de prevenção.

Como ocorre a transmissão

Segundo a professora de Medicina Veterinária da Wyden, Emanuelle Frota, a infecção acontece quando o mosquito pica um cão doente, ingere o parasita e, ao picar novamente, transmite a leishmaniose a outros cães ou pessoas.

“É importante destacar que a doença não é transmitida diretamente de um animal para outro nem de animal para pessoa. A presença do mosquito é sempre necessária para que ocorra a infecção”, explica a especialista.

Sintomas do calazar em humanos e cães

Nos seres humanos, os principais sintomas incluem:

  • febre persistente;
  • perda de peso;
  • fraqueza;
  • anemia;
  • aumento do fígado e do baço.

Já nos cães, a doença costuma ser silenciosa por muito tempo, mas quando se manifesta, causa alterações graves no sistema imunológico e compromete órgãos vitais.

Tratamento disponível

Emanuelle Frota reforça que o diagnóstico precoce é determinante para o tratamento.

“Existe tratamento disponibilizado pelo SUS, que pode controlar e eliminar a infecção, especialmente se iniciado precocemente. Em cães, não existe cura no sentido de eliminação total do parasita, mas há medicamentos que reduzem a carga parasitária, controlam os sintomas e melhoram a qualidade de vida, diminuindo a transmissão”, esclarece a professora.

Como prevenir a leishmaniose

A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra o calazar. Entre as medidas recomendadas estão:

  • uso de coleiras repelentes em cães;
  • evitar exposição em locais com alta infestação de mosquitos;
  • manter quintais e terrenos limpos, evitando criadouros do mosquito;
  • procurar atendimento médico imediato diante de sintomas suspeitos.

“A leishmaniose é uma doença grave, mas que pode ser controlada com prevenção e diagnóstico precoce. Quanto mais cedo for identificada e tratada, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de complicações”, finaliza Emanuelle Frota.

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