29 de outubro de 2025 — A extensa estrutura de proteção do líder do Comando Vermelho (CV) na Penha, Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca ou Urso, foi revelada em megaoperação policial realizada nos Complexos do Alemão e da Penha. Cerca de 70 homens armados faziam a segurança do chefe criminoso na ocasião da ação da última terça-feira (28), na qual ele conseguiu fugir. Segundo apurou Leandro Stoliar, analista convidado do programa CNN Novo Dia, essa foi a operação mais letal da história do Rio de Janeiro.
Dinâmica da operação e seus principais alvos
A Operação Contenção foi estratégica, com planejamento realizado em curto prazo para evitar vazamentos. Durante a ação, as forças policiais tentaram cumprir 100 mandados de prisão, incluindo contra Carlos da Costa Neves (Gadernau), Juan Breno Malta Ramos Rodrigues (BMW) e o próprio Doca. Foram apreendidos dezenas de fuzis, pistolas, granadas, celulares e motos. O grupo criminoso utilizou treinamento de guerrilha para defender o líder, exigindo intensa ação policial com blindados e helicópteros.
Quantitativo de vítimas e impacto social
A operação resultou na morte de pelo menos 64 pessoas, entre elas 4 policiais — dois civis e dois do BOPE. Além disso, 81 prisões foram efetuadas e cerca de 93 fuzis apreendidos. Moradores da Penha encontraram e retiraram mais de 50 corpos da área da operação, que foram levados à Praça São Lucas, cenário que expôs a gravidade do conflito para a população.
Recompensa e contexto do crime organizado
Para informações que levem à prisão de Doca, o Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 100 mil, valor equivalente à recompensa que foi dada na fuga de Fernandinho Beira-Mar. O líder do CV na Penha é considerado uma das maiores ameaças à segurança pública no estado, com influência significativa na expansão do tráfico de drogas.
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