30 de Novembro de 2025 – O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), classificou como ofensiva a insinuação de que cargos e emendas resolveriam a aprovação da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota divulgada neste domingo (30), ele acusou setores do Executivo de tentar interferir no processo legislativo e criar falsa impressão de barganha política.
Alcolumbre destacou que, apesar do anúncio da escolha de Messias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 20 de novembro e publicação no Diário Oficial da União, a mensagem formal ainda não foi enviada ao Senado, o que considera uma interferência no cronograma da Casa. A sabatina está marcada para 10 de dezembro na CCJ, com análise posterior no plenário.
O presidente do Senado, que defendia Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga de Luís Roberto Barroso, reafirmou a soberania do Legislativo e defendeu que o prazo permite decisão ainda em 2025. Messias tem feito “beija-mão” nos gabinetes, com apoio de lideranças evangélicas e parecer favorável do senador Weverton Rocha (PDT-MA).
Lula planeja encontro pessoal com Alcolumbre para distensionar, enquanto o governo busca adiar a votação para evitar derrota. Alcolumbre enfatizou o respeito entre Poderes e a lisura do processo democrático.
Íntegra da nota de Alcolumbre (trechos principais):
- “É nítida a tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão… de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico, com cargos e emendas.”
- “Nenhum Poder deve se julgar acima do outro… Da parte desta Presidência, absolutamente nada alheio ao processo será capaz de interferir.”
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